quinta-feira, 20 de março de 2008

Meias brancas como dantes.

Hoje, como era 5ª feira, tomei banho. Depois, decidi cortar as unhas dos pés, sentado na borda da cama, como é hábito de qualquer homem. Enquanto cortava, tive o cuidado de seguir com o olhar a trajectória percorrida pelos pedaços de unha que iam saltando desde a ponta dos dedos até aos cantos mais remotos do quarto. Finalmente, após o trabalho realizado, fui resgatar os pedaços de unha que se havia espalhado. Terei conseguido encontrar aproximadamente 50% da totalidade, com eles fiz um pequeno monte de unhas que coloquei sobre a mesa de cabeceira. Continuando como é costume os homens fazerem, peguei nos pedaços maiores extraídos do dedo grande de cada pé e observei atentamente.
Vocês não sei, mas comigo costuma suceder-me sentir uma espécie de nostalgia sempre que examino aqueles pedaços de unha que até há instantes faziam parte do meu ser e agora de mim se separaram eternamente. Em que se tranformarão tais pedaços de matéria que transportam os meus preciosos genes ?
E foi hoje, esta manhã, quando observava os meus pedaços de unha que o choque e o horror me invadiram. Em vez de habituais pedacinhos brancos e reluzentes deparei com restos de unha enegrecidos.
Após breve refexão que explicasse o mistério, conclui que a culpa era das peúgas pretas que usei durante os dias do mês passado em que choveu e houve cheias. Andei por ruas inundadas, com água pela canela. As peúgas molhadas tinham debotado tinta negra sobre o branco das minhas preciosas unhas. Maldita hora em que acedi à exigência da Mekinha em deixar-me de meias brancas e passar a usar peúgas pretas.
Bem sei que as meias brancas começam a ficar amarelas e têm que se por na lixívia por causa disso, mas meias pretas não são melhores.
A Mekinha diz que a culpa é minha, por ter comprado meias do "baratilho" no mercado do Pinhal Novo, que se comprasse meias das marcas Lassie ou Ramsés, no Feira Nova já isto não me acontecia...
Ora bolas! Será possivel que um gajo não consiga andar elegante sem ter de gastar uma fortuna em euros ? Bons velhos tempos quando eu comprava barato toda a minha roupa em Ceuta sempre que lá ia de excursão. E ainda trazia uns blusões de cabedal para a malta amiga.

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3 Comentários:

Blogger Maria Arvore disse...

Com uma peúga preta não há homem que se comprometa é um ditado do meu avôzinho e que espero te inspire. Porque ele só passou para as peúgas azuis depois de se casar com a minha avózinha.

E vá lá, em qualquer catedral do consumo tens sempre uma Calzedónia com saldos todo o ano por uma razão qualquer e sempre, umas jovens muito atenciosas a perguntarem se precisa de ajuda.

Ah e já me esquecia mas lorem ipsum dolor sit amet, adipiscing elit, sed diam nonummy nibh euismod.;)

20/03/2008, 20:22:00  
Blogger Unknown disse...

Olha quero-te lá mais que espiritualmente... eu sei que não me queres roubar o protagonismo...mas adorava... pelo menos não ficaria sozinho a falar para o boneco...hehehe
abraço...
ps...a Maria...não pode falar português? hihihih

22/03/2008, 18:53:00  
Blogger Paulo disse...

Foi por uma "unha negra" que não passei ao lado deste blogue. Ainda bem que parei, li e reflecti. Afinal as unhas e peúgas pretas sempre fizeram parte da magia negra.
Eu há muito que não corto as unhas. Os sapatos apertadíssimos encarregam-se de me poupar nesse ritual macabro...
Abraço
Boa Páscoa.
Paulo

23/03/2008, 00:40:00  

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